Leucemias


As leucemias são neoplasias graves do sangue que geralmente têm em comum o fato de os leucócitos (ou glóbulos brancos) estarem em número muito elevado no sangue (ver figura). As leucemias geralmente se iniciam dentro da medula óssea, onde uma célula precursora dos leucócitos torna-se cancerosa e começa a se proliferar rápida e desordenadamente, substituindo as outras células normais da medula óssea.


Há vários tipos de leucemias, cada qual com origem, evolução e tratamento diferentes. Os principais tipos de leucemias são:

 

Leucemia linfóide aguda: leucemia mais comum na infância. Têm evolução rápida e agressiva. Se diagnosticada a tempo, as chances de cura são boas.

Leucemia mielóide aguda: doença muito agressiva, que acomete adultos de todas as idades, porém com maior freqüência acima dos 60 anos de idade. O tratamento e as chances de cura são variáveis e dependem de vários fatores, como a idade e a presença alterações citogenéticas na medula óssea. 

Leucemia linfóide crônica: leucemia típica de pacientes idosos. Apresenta evolução mais lenta e branda que as leucemias agudas. Em boa parte dos casos o diagnóstico é feito de forma inesperada durante realização de “check-up”, exames ocupacionais e pré-operatórios. Embora as chances de cura sejam remotas, há medicações capazes de controlar a doença e conter o seu avanço por vários anos.

Leucemia mielóide crônica: leucemia comum em adultos causada por uma alteração genética presente em um cromossomo anormal, conhecido por cromossomo Philadelphia. A evolução dessa doença sofreu impacto significativo com um novo tipo de tratamento que age no defeito molecular da doença e inibe a sua progressão por vários anos na maioria dos pacientes tratados.

 

 

O diagnóstico das leucemias é geralmente confirmado pela realização de mielograma ou biópsia de medula óssea, e refinados por exames de sangue específicos e técnicas avançadas como a imunofenotipagem, citogenética e biologia molecular.


Atualmente, não é prudente antecipar a evolução clínica da doença ou definir o melhor tratamento sem uma boa avaliação clínica e realização de exames gerais e específicos para detalhar o tipo de leucemia, bem como a sua agressividade. O tratamento das leucemias agudas geralmente engloba quimioterapia em doses intermediárias e altas, além da utilização de transplante de medula óssea nos casos mais graves.

 

As leucemias crônicas são geralmente tratadas com quimioterapia em doses baixas e intermediárias, com menos efeitos colaterais em comparação ao tratamento das leucemias agudas.


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